“Um Povo sem História é um Povo sem Memória, São Francisco Tem História

A HISTÓRIA DE SÃO FRANCISCO ATRAVÉS DAS MEMÓRIAS D

Por: Anderson Pimenta

A coluna Vamos Recordar de hoje, 10 de março de 2021 apresenta a história do Município de São Francisco, desde sua fundação até a sua emancipação politica, através da memórias de uma das maiores personalidades já existente na cidade de São Francisco, se não a maior.

Vale a pena ler esse breve relato histórico da nossa cidade, e ficar ao par da linda história da nossa cidade e a luta dos seus desbravadores em tempos difíceis, onde tudo se começou do zero, exigiu sacrifícios e doação, desde o tempo de trabalho ao material.

O senhor José Pinheiro Neto foi convidado pelo Engenheiro Doutor Euphly Jalles para formar a cidade e ficou responsável pela sua expansão e desenvolvimento.

Minhas amigas e meus amigos o ler a história são-francisquense, vocês irão entender a minha indignação porque nossa cidade ainda não prestou uma justa e digna homenagem aos seus fundadores, batizando o nome deles das nossas ruas e ou dando nomenclatura das praças e ou logradouros públicos a esses verdadeiros heróis. O senhor José Pinheiro foi o cofundador da cidade São Francisco, Cidade Criança, a nossa bela Princesinha d’Oeste.

Quando vereador 2013 a 2016 quis trocar os nomes das ruas que levam nome das unidades da federação brasileira pelos nomes dos nossos panteões, não tive apoio pra isso, hoje nosso legislativo está mais experiente, então está aí a deixa para as nossas autoridades do legislativo, bem como do executivo. Nada mais que justo e justiça seja feita.

Então Vamos recordar

Aos 16 dias de Junho do ano de 1.956, o Sr. José Pinheiro Neto, vindo da cidade de Villa Dalas (município de Palmeira dOeste), chegou de mudança onde ia ser fundada a futura cidade de São Francisco, a pedido do seu natural fundador e planejador Euphly Jalles.

O filho mais novo Antônio Batista, tinha apenas nove meses, a Maria José de três anos e a Maria Aparecida quatro anos de idade.

O lugar tinha apenas um casarão e o resto em volta era mato e cerrado, sem vizinho; no casarão havia um cômodo fechado, onde se instalava o agrimensor João Batista de Melo, que morava em Jales e era responsável pela demarcação das terras do Euplhy.

No dia 18 de Junho de 1956, arrumou uma foice, trabalhou o dia todo roçando em volta da casa. Tinha muitas cobras.

Nesse mesmo dia conheceu o Antônio Botinha e o pai dele que lhe ofereceu ajuda e conheceu mais alguns vizinhos dali a uns 03 km que era o Peterisco que também ajudou muito na formação da cidade e o seo Eduardo José de Oliveira, que tinha uma venda no Ponto Novo.

No dia 20 de Junho de 1.956, o Dr. Euplhy entregou lhe o mapa da cidade e disse: Vamos fazer disto aqui uma cidade com avenidas largas, ruas bem localizadas.

No dia 02 de Julho de 1.956, o João Agrimensor e José Pinheiro, terminaram o quadrado da cidade de 18 alqueires, este serviço demorou 15 dias seguidos.

Assim, passou o ano de 1.956, fazendo demarcações de ruas, localizando a Praça da Matriz, o lugar do grupo escolar e campo de futebol.

Neste período de tempo, após a demarcação do quadro da cidade, o Sr. José Pinheiro iniciou o loteamento das chácaras, onde não podia vender mais que 03 alqueires para cada chacareiro. A primeira chácara foi vendida para o Sr. Joaquim Santana que comprou 02 alqueires a CR$ 8.000 cada alqueire, com entrada de 50% e o restante dividido em dois pagamentos, depois vendeu aos senhores Francisco Alves, Antônio Ávila, Hermenegildo Nunes Pereira e assim, estas famílias já iniciaram suas casas, derrubando o mato e à medida que iam chegando compradores de chácaras, começou-se a abrir a Avenida 10 (hoje Avenida Oscar Antônio da Costa).

Na época havia famílias que residiam no bairro do Ponto Novo e córrego do Botelho, que eram: Gabriel Rodrigues de Carvalho, Estevam Mariano do Prado, Pedro Buzinaro, João Esquina, Antônio Mancilia, Joaquim Pedro de Oliveira, Hidelbrando Bernardes de Oliveira.

Para abrir as ruas tinha necessidade de arrancar tocos, o Sr. José Pinheiro pagava a 0,50 centavos por metro quadrado e com isto dava mais animo ao povo.

Já neste tempo começou a chegar às primeiras famílias para se estabelecerem com comércio, primeiro chegou o Sr. Juvenal, era um senhor moreno com uma conserva agradável, sua esposa chamava-se Dona Lola, tinham três filhos, que moraram nos fundos do casarão.

Logo também chegou um senhor por nome de Pedro Nolasco, sua esposa e quatro filhos; ele montou o primeiro açougue em São Francisco. Esse dizia que teria sido do bando de Lampião.

O senhor José Pinheiro montou uma Farmácia improvisada em uma guarda móvel (nome da época); colocou os medicamentos de manipulação, porque nesta época, os medicamentos eram manipulados à base de sais, balança de precisão, pipetas volumétricas, buretas e pipetas graduadas, bastão, provetas, graus e mais recipientes usados nas boticas antigas. Não havia necessidade de prateleiras e armações; naquela época era tudo manipulado na Farmácia. (Farmácia essa que o senhor José Pinheiro passou para o papai, senhor Artur José de Oliveira).

Com a chegada destas duas famílias o Dr. Euplhy pediu para dar os primeiros lotes de graça, ou seja, não cobrar para quem quisesse estabelecer comércio, mas tinha uma exigência, todo e qualquer prédio teria que ter o pé direito com 04 metros de altura, com platibanda de frente para a Avenida ou rua transversal.

Os senhores José Pinheiro, Pedro Nolasco, Juvenal, Sebastião Ferreira foram os que primeiros que construíram no então povoado. Nesta época também chegou o Jerônimo Alves de Oliveira.

Foi reservada uma área de terra medindo 12 metros de frente por 20 metros de fundo, que foram doadas que acabou se denominando com o tempo de Vila Sapé.

Dentro de 90 dias, já tinham construído 16 casas, não havendo mais lugar para doação, inclusive foram feitas casas até de folhas de coqueiro, tipo cabana de índio.

Depois veio o cemitério e a primeira pessoa a ser enterrada foi o neto do Sr. Joaquim Santana.

No início do ano de 1.957, foram chegando mais moradores para a cidade de São Francisco como Antônio Galoni, Ismerindo Francelino Bezerra (O Cabra), o senhor Nonda, Eduardo José de Oliveira (o que tinha a venda no Ponto Novo), Antônio Alvarenga, Orlando Leme do Prado,

Família Penariol, André Barbiazane, Manoel Rocha da Silva, Achiles Tridico, e outros que contribuíram para a formação de São Francisco.

O senhor Pinheiro, em 1957 juntou a população da época e resolveram cascalhar a Avenida por conta própria, com carroção e carroças puxados por junta de bois.

O serviço terminou em Maio de 1957 e em Junho de 1957 começaram a chegar mais mudanças.

Em 27 de Julho de 1957, o Sr. Antônio Galoni, montou a primeira máquina de benefício de arroz.

Nesse mesmo ano de 1957, José Pinheiro iniciou a criação do Distrito de São Francisco, pertencente ao município de Jales.

João Agrimensor iniciou a construção das divisas. O agrimensor iniciou a estrada com acesso ao córrego do Coqueiro, até a fazenda Itapirema que era do Meireles.

Então se fez as estradas de São Francisco/Bairros (ligando aos bairros) São Francisco/Córrego dos Coqueiros, São Francisco/Bairro da Boiadeira, São Francisco/Bairro do Jaguari.

A estrada São Francisco/Fandango, foi a mais difícil, pois teve 3 embargos de proprietários de sítios, mas que depois se resolveu.

Depois abriu uma estrada que saía de São Francisco, indo até Urânia e Santa Salete, ambas pertenciam ao município de Jales.

O Sr. José Pinheiro pagou ao Antônio Botinha para limpar o quarteirão da Matriz, fazer o cruzeiro, que foi feito por um tal Bentinho, que trabalhava na fazenda do Sr. Antônio Oliveira.

A madeira do cruzeiro (aroeira) foi fornecida pelo Sr. Antônio Ávila.

O cruzeiro foi erguido no dia 1º de Maio de 1958.

Às 6horas da manhã, teve queima de fogos com bateria de 21 tiros, um dia muito chuvoso.

A missa foi rezada às 10horas, pelo Padre Afonso que tinha como auxiliar o senhor João Mantovani.

Foi enterrada uma lata no pé do cruzeiro, com a assinatura de todos que estavam no momento.

A fundação da cidade se deu em 3 de Maio de 1958, recebeu o nome de São Francisco em homenagem ao pai do fundador Euphly Jalles, o senhor Francisco Jalles.

No outro dia, foi feito uma comissão para construção da igreja, que se iniciou em 28 de Julho de 1958. A comissão era formada pela Dona Luiza Pinheiro, Gabriel Rodrigues de Carvalho, Librando Bernardes, Estevam Mariano do Prado, Antônio Esquina, Pedro Buzinaro, José Soares, José de Brito e Pedro Nolasco.

Foi construído posteriormente um coreto, um barracão para fazer leilões.

O senhor José Pinheiro deu inicio à construção grupo escolar, porque já funcionavam aulas no salão da casa dele.

A primeira professora de São Francisco foi a Rosa Caparroz.

O Grupo Escolar iniciou com 4 classes, uma sala para diretora, outra para secretaria e biblioteca.

Com o Grupo Escolar, chegaram o professor Carlos Eduardo Telles e sua esposa dona Albina Volante Telles, a Lourdes Gomes com sua mãe, Leonildo (filho do João Agrimensor), Estela e Dulce.

O documento para criação do Distrito de São Francisco foi protocolado no dia 14 de Março de 1959, após um plebiscito organizado pelo senhor José Pinheiro, junto ao Secretário da Justiça e Negócios do Interior, Dr. José Ávila Diniz Junqueira, na gestão do Governador Jânio Quadros.

No dia 09 de Junho de 1959 foi aprovado, saindo à publicação no Diário Oficial da União no dia 10 de Junho de 1959, com a nomeação como serventuário interinamente no Cartório.

A inauguração do Cartório foi no dia 24 de Junho de 1959, conforme consta na ata oficial, escrita pelo oficial maior do cartório José Eduíno Voltan, e a posse dada pelo Meritíssimo Juiz de Direito da Comarca de Jales, Dr. Paulo de Aquino Machado, foi na presença dos convidados: Cândido Donda, Júlio de Moura, Librando Bernardes de Oliveira, Gabriel Rodrigues de Carvalho, João Batista Biscolla, Orlando Santos Oliveira, Pedro Buzinaro, Sebastião Ferreira dos Santos, José Soares, Lazaro Pereira, Maria de Lourdes Gasques, Júlio Rodrigues de Carvalho, João Ferreira Bispo, Arlindo.

Antônio da Silva, Arlindo Rodrigues Alves, Jesus Torres Lopes, José Barboza e outros.

Nesse mesmo ano de 1.959, já com o campo de futebol demarcado, foi lançada a semente do São Francisco Esporte Clube. O primeiro jogo foi contra a Fazenda Santa Maria.

Escalação:

Goleiro: Antônio Bassan

Demais jogadores: Décio Buzinaro, Ernesto Buzinari, José Santana, Valdomiro Rodrigues de Carvalho, Pedro Borges (este era do córrego Bacuri), Fiico, Sulapa, outro rapaz da Itapirema. Ganhamos o primeiro jogo de 3 a 1, gols de Sulapa dois e um do Valdomiro.

No córrego da Anta, tinha o senhor Antônio Honório de Carvalho, morador antigo daquela região onde já existia varias pessoas como Manoel Mango, Antônio Toco, José Gonda.

No córrego do Botelho, José Peres, João Evangelista, Joaquim Pedro, João Franqueira, Manoel Borges, Velho Lucas, Lucas Volavas, Antônio Massa e outros.

E assim era a vida do senhor José Pinheiro, durante o dia, tinha que mostrar terras para quem queria comprar, mostrar os lotes, atender clientes na Farmácia e cuidar do Cartório, tinha que se desdobrar.

A primeira cadeia também foi construída pelo senhor Zé Pinheiro.

Ele fez a doação do lote, dos tijolos, do cimento. A comunidade ajudou e o que arrecadou foi o suficiente para comprar madeira, telhas, cadeados, portas, etc... A cela foi feita de 3x3 metros e uma sala para escritório também do mesmo tamanho com um corredor.

O primeiro Inspetor de polícia do Distrito foi o Juvenal e o Paulo Campos como ajudante.

No início de 1960, com a cidade em início de formação, com vários moradores, já tinha começado a campanha para Prefeito de Jales e também para Governador do Estado.

Iniciou a campanha e havia necessidade de um vereador que representasse São Francisco. Nesta época já tinha mudado para a cidade o Sr. Edson Steluti, vindo da cidade de Guaraçaí que foi eleito representante na Câmara de Jales.

Já com vereador constituído na Câmara de Jales, começou-se uma campanha para instalação da energia elétrica em São Francisco. Os fios iriam passar fora da cidade, retirado uns 2 km, isto de acordo com o mapa do engenheiro.

Foi feito recurso, mas este recurso precisava estar acompanhado com ordem da Prefeitura de Palmeira D. Oeste, do Prefeito que era o Manoel Pantaleão, que inclusive precisava do mesmo que nós, pois a fiação também iria passar retirada da cidade, assim foi feito em conjunto posteriormente, após a recusa.

O engenheiro fez novo levantamento, retificando o mapa, com exigência da doação dos postes por parte das cidades, nas seguintes condições: os postes tinham que ser de aroeira, possuir uns 20 metros de comprimento, sem curva, que tinham que ser retos, tinha que ser como uma vela; total de 18 postes. A cidade tinha 10 e o restante foi doado pelos sitiantes.

O transformador foi doado pela Prefeitura de Jales.

No dia da inauguração, a solenidade foi em frente ao ponto de ônibus, esquina da Avenida 10 (hoje Avenida Oscar Antônio da Costa) com a Rua 5 (hoje Rua Bahia), em um caminhão, com equipamento do circo do Tico-Tico que estava na cidade (vide foto).

Na ordem da palavra, senhor Jose Pinheiro, Doutor Lair, Doutor Dirceu Gerlacke por fim Doutor Euphly, como fundador da cidade, fez a ligação naquele momento, onde houve muitas palmas e vivas, fogos, banda de música, apresentação dos alunos, etc...

Já nesta época, as ligações nas residências estavam prontas e um senhor de nome Dinho, de Guaraçaí, foi contratado para fazê-las, tanto as ligações nas ruas, como nas residências.

No ano de 1963, fez-se o plebiscito para a criação do Município, com base na lei estadual

8050 de 31/12/1963, a renda do Distrito tinha que atingir CR$ 900.000 (Novecentos mil cruzeiros) e ter acima de 1.000 (mil) eleitores.

Como o Distrito de São Francisco era muito pequeno para ser município, foi anexada Dirce Reis como Distrito do Município de São Francisco.

Fez-se o requerimento ao IBGE, que com apoio do deputado Dr. Guilherme Gomes, conseguiu que o IBGE, enviasse um engenheiro chamado Dr. Fernando, que ficou hospedado na casa do senhor José Pinheiro, para fazer seu trabalho.

Foi feito o levantamento do Município, desde até a margem do córrego do Marimbondo com o Rio São José dos Dourados, até a margem do córrego até o São José, subindo pela divisória passando pela fazenda Cajima, até a margem da Ponte Pensa com o Fandango, subindo o Fandango até encontrar o Fandanguinho subindo a margem dele acima, até encontrar o córrego do Coqueiro. Com isto estava feito o mapa do Município, ele traçou o mapa em cima da mesa da sala do senhor Pinheiro, dizendo que ficou um município grande e bonito.

Foi nesta época que ele pediu para fazer uma ata e convocar o Vereador do Distrito e mais amigos que queira formar o Município, porque o principal está feito, a parte do IBGE está pronta.

No dia 25 de novembro de 1.963, reuniram-se na residência do senhor José Pinheiro, com a presença dos: vereador Edson Steluti, vereador eleito na Câmara de Jales, pelo Distrito de São Francisco, Professor Geraldo Monte-Mor, vereador eleito por Jales, Estevam Mariano, Antônio Cândido Ferreira, Euplhy Jalles (fundador da cidade), Júlio de Moura, e Gabriel Rodrigues de Carvalho, com a finalidade de criar uma comissão de estudo para formação do Município de São Francisco.

Deu abertura a secção o Euplhy Jalles, como Presidente, dizendo que esta comissão seria unicamente para fazer o plebiscito para a criação do Município, porque com a documentação em mãos, ele em São Paulo, tinha como dar continuidade, com fontes dignas e necessárias, mas para isto, dependia de nossa cooperação.

Agradeceu mais uma vez o povo e todo seu esforço.

O Edson Steluti pediu a palavra, disse que o que dependesse dele na Comarca de Jales, estaria ao inteiro dispor. O Geraldo Monte-Mor deu apoio às palavras dos demais colegas, senhor José Pinheiro ficou encarregado de ver as despesas de condução e gasto referente ao plebiscito e para terminar a reunião, usando a palavra, pediu para enviar o mais rápido possível a documentação, pois Vila Dirce, também estava pleiteando a criação do Município.

O Dr. Euplhy pediu todos assinassem e que segurasse uma cópia da ata como comprovante. A data foi de 25 de novembro de 1.963.

Terminada a reunião, a professora Lourdes chegou e disse que ia fazer campanha no grupo escolar, com as crianças.

Foi dado início ao plebiscito, arrumada toda documentação dos eleitores; agora necessitava da documentação na Prefeitura de Jales, que o Prefeito da época, não quis ceder e o levantamento do Distrito, não foi aceito.

Mas como não havia outro recurso, a comissão formada entrou com mandado, requerendo ao Juiz de Direito da época, para que o vereador Gerando Monte-Mor fizesse um levantamento completo do Distrito, foi onde conseguiram contra a vontade do Prefeito de Jales, a autorização.

O Governador era o Adhemar de Barros, mas ele votou contra.

Doutor Lair Seixas Nogueira, redigiu um ofício, pedindo aos Deputados para derrubar o veto do Governador.

O remédio era pegar o Diário Oficial, anotar o nome de cada deputado, que naquela época eram 115, enviar um telegrama para cada um.

Por conta disso, o senhor José Pinheiro foi exonerado do Cartório, apesar de faltar apenas 04 meses para se tornar efetivo.

Enfim quando os telegramas e quando processo chegou à Assembleia, a criação do município, teve maioria na votação.

Foi muita alegria!!!

Com a aprovação na Assembleia, a documentação para o governador foi levada em mãos pelo senhor Edson Steluti, Estevam Mariano e Antônio Cândido Ferreira.

Após a aprovação do decreto pela lei Estadual nº 8092 de 28 de Fevereiro de 1964, São Francisco foi levado à categoria de Município, publicado pelo Diário Oficial da União, no mesmo dia.

Edson Steluti foi escolhido pelo grupo que formava a comissão para ser candidato a Prefeito e o senhor Antônio Galoni para vice-prefeito.

O senhor José Pinheiro ficou residindo em São Francisco até 1968, comprou uma Farmácia em Urânia e se mudou com a família. Assim sendo o senhor José Pinheiro, fez questão de convidar o amigo Artur José de Oliveira (Artur da Farmácia) para assumir e comprar a sua farmácia de São Francisco.

O senhor José Pinheiro Neto, faleceu no ano de 2002, onde se encontra sepultado com sua amada esposa dona Luiza Pinheiro, na vizinha cidade de Urânia.

Recordo-me do senhor Pinheiro quando passava em sua farmácia vendendo remédio como vendedor, mas a última vez que o vi e que me marcou muito foi na inauguração da primeira agência bancaria de São Francisco, que também teve sua participação nessa nossa gloriosa conquista para nossa cidade.

O senhor José Pinheiro no ato da inauguração, fez um discurso emocionado que nos levou a mergulharmos na história são-francisquense, ainda jovem demais percebi o verdadeiro sentido da vida pública e de contribuição com a sociedade em suas lindas palavras que foram um verdadeiro recital de boas maneiras e costumes a quem visa o interesse coletivo ao bem estar de todos.

Nessa oportunidade quem assumia a gerência do então Banco Bamerindus (o primeiro banco da cidade) era Antônio Batista Pinheiro, ninguém nada menos que seu filho Toninho Pinheiro (momento esse que iremos retratar em uma outra publicação da nossa coluna Vamos recordar da página de São Francisco SP.

Velhos Tempos - Bons Exemplos

Aquele abraço

Fotos:- Senhor José Pinheiro;  Momento da inauguração da energia elétrica em nossa cidade , atrás de óculos podemos observar o fundador de São Francisco o Engenheiro Doutor Euphly Jalles, enquanto o cofundador senhor José Pinheiro discursa.

 

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